Fala, Dev doido!
Hoje eu vou falar como foi a minha primeira experiência na área de TI, trabalhando com PHP.
Eu comecei com PHP, apesar de não fazer a mínima ideia de como funcionava. Era uma tecnologia que pintou uma oportunidade, e eu topei...
Eu tava na faculdade ainda, era 2017, e recebia muito e-mail da faculdade com oportunidades. Na maioria, eu não me encaixava, porque eu não sabia nem o que era banco de dados. Mal sabia programar em Java e só mexia com C.
Eu só queria arrumar algum trampo pra ganhar um dinheiro.
Um dia vi um e-mail de um cara procurando alguém pra resolver bug em PHP. Chamei o cara no WhatsApp e ele me mandou uns bugs. Eu não sabia nem instalar a IDE.
O cara deve ter pensado: "Vamos ver se esse menino é bom".
Lembro que peguei o computador da minha avó, porque o meu Linux não rodava o projeto, só funcionava em Windows, e o cara ainda usava DreamWeaver (sim, em 2017!).
Usei o Windows da minha avó pra resolver os bugs. Era algo simples, uma query. Eu não sabia nada de banco de dados.
Lembro até hoje: foram três bugs que eu resolvi. Coisinha de tabela que pra mim era outro mundo.
O cara me pagou R\$300 — R\$100 por bug. Já tava no lucro!
Ninguém me dava chance, ninguém contratava. Eu não tinha currículo, experiência, nada.
O cara foi em casa me pagar, me deu notas de R\$50 até chegar nos R\$300.
O sistema era de salão de beleza, que hoje é o que eu ensino no meu curso Crazy Stack TypeScript.
O contrato “louco”
Assinei um contrato de 5 anos com ele!
Comecei em 2017, então vencia em 2022. Coincidentemente, 2022 foi o ano em que lancei meu curso sobre sistema de agendamento de salão — exatamente o que o cara fazia, e que o contrato proibia.
Olha a pretensão do cara. Eu nem tinha carteira assinada, nem estágio. Nada. Mas tive que assinar contrato pra não copiar a ideia dele.
O sistema era PHP puro. Depois ele me passou um projeto de sistema de fidelidade por pontos. Toda hora pedia alteração.
Fui ficando craque nas queries SQL, estudando banco na faculdade e aplicando na prática. Tipo consertar o avião enquanto voa.
O segundo pagamento foi de R\$500.
A treta da Nota Fiscal
Depois ele pediu pra fazer nota fiscal, integrar com uma API. Ele mesmo não sabia como faria.
Mandou docs de uma API da Bahia, de uns caras que não davam suporte. Disse:
“Estuda aí, que se você fizer, eu te pago.”
A besteira:
Fiquei dois meses trabalhando de graça, perdendo tempo.
Não vou cuspir no prato que comi. Ele me deu oportunidade quando ninguém dava.
Mas foi uma relação sem vínculo formal. Eu respondia no WhatsApp quando dava. Era pra aprender, não pra ficar preso.
Depois ele arrumou uma API aqui de Uberlândia, de um amigo.
Qualquer problema, o cara ia me buscar de carro em casa, me levava até a empresa da API pra resolver com os DeVs de lá. Tudo sem receber um centavo.
Fiquei 7 meses trabalhando de graça nessa integração de nota fiscal.
E não sabia nem quanto ele ia me pagar.
Em dezembro, ele me pagou:
R\$700.
100 reais por mês, mais ou menos.
Nota de serviço
Em 2018, ele pediu pra fazer também a nota de serviço. Falei:
“Bora!”
Fiquei mais 4 meses e recebi R\$500.
Depois disso, cada um pro seu lado. Nunca mais vi o cara. Acho até que ele ficou com dó. Me explorou bastante.
Ionic, Udemy e o pior SaaS que já fiz
Em 2018, comecei um curso de Ionic na Udemy. Queria aprender mobile.
Já tinha apanhado muito do desenvolvimento nativo, copiava projetos do GitHub, mudava credenciais do Firebase e lançava os apps.
Ficava refém do código copiado.
Se tivesse IA nessa época, com certeza eu teria gerado muita coisa que não sabia resolver. Igual muita gente hoje em dia.
Fiz um app do curso da Udemy, uma rede social genérica.
Curso acabou, fiquei: “O que eu faço com isso agora?”.
Mexi no projeto de forma errada, mas publiquei mesmo assim.
Projeto se chamava Graduando Fácil. Tá no meu GitHub (vou deixar na descrição do vídeo).
Foi meu pior SaaS — mas teve 800 usuários cadastrados!
O sistema era bugado, sem paginação, cheio de subscribe maluco, geolocalização no array... uma bagunça.
Mas foi um dos meus primeiros projetos em que pus a mão na massa durante um ano.
Lancei na Google Play...
Perdi a conta depois (assunto pra outro vídeo 😂).
E aí virei estagiário...
Em 2019, perto de formar, consegui um estágio numa empresa aqui em Uberlândia.
Peguei de novo por e-mail da faculdade.
Na entrevista:
“Por que quer trabalhar aqui?”
Eu: “Porque a empresa é muito grande...” (tava só enrolando mesmo).
Fiquei como estagiário até formar em 2019.
Mas isso é assunto pro próximo vídeo.
Se inscreve no canal!
Tem muita história pra contar aqui, que eu não conto lá no canal do Dev Doido (que é só código).
Aqui é bastidor, bastidores, caos e aprendizado.
Valeu, até a próxima! 👋
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